A Lauder Business School de Viena, na Áustria, cortou relações com a Universidade de Harvard, “em solidariedade à comunidade estudantil judaica”, segundo comunicado da instituição.
“Desde 2014, a Lauder Business School é orgulhosamente afiliada da Rede de Microeconomia de Competitividade, do Professor Michael Porter, na Universidade de Harvard, e valorizamos e aproveitamos a produtividade dessa cooperação ao longo dos anos”, disse Daniella Sheinfeld, chefe de comunicações da escola em Viena. “No entanto, devido aos acontecimentos recentes, a instituição decidiu retirar-se desta rede.”
A declaração apareceu inicialmente em uma postagem no Facebook, no início deste mês. O “The Jerusalem Post” já havia relatado o corte do laço entre as instituições. Harvard foi procurada, mas não se pronunciou.
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A universidade norte-americana está envolvida numa série de crises, incluindo o crescente anti-semitismo no seu campus, acusações de plágio contra a presidente, Claudine Gay, e uma queda nos pedidos de admissão antecipada.
A Lauder Business School, fundada pelo bilionário Ronald Lauder, incorpora o judaísmo em seu currículo, sob justificativa de oferecer aos seus alunos judeus um lugar para o desenvolvimento espiritual.
“Além disso, os alunos da Lauder Business School têm a oportunidade de adquirir um conhecimento profundo do judaísmo, juntamente com cursos de artes liberais, criando um ambiente dinâmico e elétrico”, diz.
O bilionário Ronald Lauder fundou a escola em 2003. Ele é um dos herdeiros da empresa de cosméticos Estee Lauder, e exerce também influência em outras escolas da Ivy League, conferência esportiva composta por oito universidades privadas nos EUA. Adicionalmente, é um poderoso financiador da Universidade da Pensilvânia, instituição pela qual prometeu também cortar doações, por motivos similares aos de Harvard.
A Lauder Business School disse que não tem relacionamento com a Universidade da Pensilvânia.
Como Harvard e muitas outras escolas nos Estados Unidos, a instituição da Pensilvânia tem enfrentado um crescente antissemitismo, mas, em particular, tem enfrentado o problema mesmo antes dos ataques do Hamas contra Israel.
Os doadores ficaram furiosos com a administração por causa de um festival literário palestino que aconteceu no campus. Lauder juntou-se à reação de doadores proeminentes como Marc Rowan e o ex-embaixador dos EUA Jon Huntsman.
Após meses de pressão, a presidente da universidade, Liz Magill, renunciou, depois de uma audiência amplamente criticada no Congresso com Gay e a presidente do MIT, Sally Kornbluth.